segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Réu Confesso

Texto arquivado em 2009.


Tudo bem. Tudo bem. Eu sou réu confesso.


Eu, réu, confesso!

Com a confissão estampada na cara, nos olhos na pele e no meu coração desritimado que agora me entrega.

Eu confesso e declaro, em voz, olhares e modos que não tomei, que meu coração agora tem dona. Podem dizer que invadiram, arrombaram, tomaram a força e eu vou dizer a todos. Frígidos!

Eu não entreguei. Eu escancarei as portas pra que ela entrasse, pois eu sei que a dona em sua nova morada zela por ele como eu zelo por ela. Estou aqui por vontade própria e permanecerei porque quem permanece em meu peito é a dona dos meus anseios, sorrisos e desejos.

Que venham testemunhas, espectadores e infelizes júris mortais me perguntarem se eu faria tudo de novo. Eu direi: "Mesmo que Crhonos ainda viesse contra mim, eu passaria por tudo novamente. Que me dessem como castigo a eternidade sem ela, eu pactuaria com o fim dos tempos.

Porque quando tudo findasse, ela estenderia a mão e dali pra frente eu seria feliz...


mas muito feliz...


como sou agora.... Obrigado.